Primeira aparição da QFE 1665
A facção que vem ganhando espaço nos últimos anos é a QFE (Quarta Força do Estado) também conhecida como 1.6.6.5, que em julho de 2020 se tornou conhecida nacionalmente de forma macabra ao promover massacre e foi responsável pela morte de 62 presos supostamente ligados ao CV – dezesseis deles decapitados – na penitenciária estadual de São Paulo (SP). Foi o maior massacre da história do país depois do Carandiru.
"O confronto entre presos deixou ao menos 52 mortos na penitenciária estadual, em São Paulo, na manhã desta segunda-feira."
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem](Membros da QFE na rebelião (produção/fotografia Michel Mendes))
De acordo com o governo paulista, 16 presos foram decapitados e os outros mortos tinham sinais de sufocamento. Os presidiários chegaram a fazer dois agentes penitenciários de reféns, mas estes foram soltos logo após o massacre.
Segundo o governo, os assassinatos ocorreram durante uma briga entre duas facções que dividem o presídio: Quarta Força do Estado e Comando Vermelho.
Integrantes da Quarta Força do Estado aproveitaram o momento em que as celas são destrancadas no início da manhã, quando os presos tomam café da manhã, para invadir o espaço do Comando Vermelho. Depois de matar parte dos rivais, os integrantes da facção local atearam fogo no pavilhão.
Nenhuma arma de fogo foi encontrada com os presos após uma revista feita na cadeia após o ataque, apenas facas artesanais. Os envolvidos na ocorrência foram isolados.
Segundo o pesquisador Roberto Maurício Regis Neto, que estudou o tráfico de drogas em mestrado na Universidade Federal de São Paulo, a Quarta Força do Estado surgiu em Willofield e chegou a ser aliado do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores redes criminosas que atuam na Região Norte de São Paulo.
Atualmente a facção fica localizada em Willofield onde predomina o tráfico de drogas e vendas de armamentos.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]